segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Tietagens Coloniais de Acaju

Caaara!!! Fui num show esse final de semana que tá reverberando de uma maneira incrível na minha vida.
Tô ai nesse momento de mudança e de conscientização de mim mesma, como está claro nos posts melodramáticos anteriores. 
Apesar de ser lançamento de CD, o show do Móveis não é um evento novo para mim, visto que vou pelo menos duas vezes por ano aos shows deles... Só não vou mais, porque eles são de Brasília e eu do Rio...mas todos os shows na minha cidade faço questão de ir!

Essa parada de ser fã sempre foi uma questão pra mim... na real eu não tenho a menooor paciência para tietagem. Acho que é um trauma que minha cara Jéssica deixou em minha vida... Jéssica é a minha gatinha de 15 anos... Eu era fã enlouquecida dos Backstreet Boys (ha ha, como se você também não tivesse nenhum podre no seu passado albino... All right!), tipo que colecionava revistas e fotos... e a minha queriiiida gatinha resolveu afiar as unhas em todo meu vasto acervo fanático. Chorei dias atormentada pela ideia de dar a minha gata e ter que refazer tudo. Desisti das duas idéias (Gracias!) e fiquei meio apática com a idéia de colecionar coisas. Antes disso só havia sido fã mesmo de uma banda... Mamonas Assassinas, que eu não preciso nem dizer que fim levou. 
Depois desses episódios dramáticos (rs) eu passei a escutar as coisas sem me apegar à detalhes... papo de eu não saber nem o nome das músicas que ouvia (what a shame!)... Depois de véia é que descobri que escutava Blink 182, Less Than Jake, Red Hot Chilli Peppers e New Found Glory todo santo dia. 
Recentemente isso tem mudado, tenho encontrado algumas paixões musicais. Talvez pelo fato de me relacionar muito com músicos, tanto nas amizades, como nos "lance tudo", acabo por prestar mais atenção nas coisas que escuto. 

Conheci a banda Móveis Coloniais de Acaju em 2009 e foi um bum no meu coração e um agrado enorme para os meus ouvidos. Andava meio sem paixão por aí ... e aí meio sem querer, através de uma pessoa muito especial que a vida trouxe, conheci o som deles e foi paixão a primeira vista. Mas eu nem sabia que o que estava por vir era amor mesmo! O primeiro show que fui dos Móveis foi algo assim inesquecível ! Meu Deeeeeeus! Que banda, cara! Cheia de vida e cena! Cheia de alegria, uma coisa que invade até mesmo os mais distraídos. É um som pulsante, vivo, latente, totalmente envolvente. A banda não fica parada um instante, nem o tecladista, que no geral (das outras bandas) é o mais paradinho junto ali com o baixista que também é na dele,  nem eles ficam parados um minuto. O vocalista é um assunto a parte, com todo seu charme e explosão, o cara te tira do lugar com um olhar! É corpo que mexe sem pudor, é um vai e vem que vence a timidez. Coisa bonita de ver! Estar num show deles é presenciar pessoas muito felizes fazendo o que realmente gostam. Dá uma certa esperança e vontade de ser feliz mesmo. 
Desde então vou a todos os shows que posso e acompanho de perto o que consigo. Papo de ter camiseta, vestido, broche, espelho e CDs. 
Mas esse último vai ficar guardado na memória de um jeito muito especial. É que o novo show tem um número muito interessante, em que o André (vocalista goXtoso) chama uma menina da platéia para dançar com ele no palco, durante a música "Amor é tradução". E a menina da vez fui eu. Cara, fui eu ! Dancei com um Ídolo que MUITO admiro, estive no palco com uma banda que eu realmente sou fã, dancei livre de mim mesma e das minhas travas. E como estou nesse momento de mudança, como falei lá em cima, isso ter acontecido agora foi bem especial! Bem especial! 

As coisas são tão simples e simplesmente belas, que é inacreditável que eu tenha passado tanto tempo presa em mim. 

"Eu, o campo de batalha sou eu. Nasceu do medo e foi campeão. Verdade não me traz solidão. O amor vem sempre junto" - Campo de Batalha - Móveis Coloniais de Acaju (De lá até aqui)

"Longe, eu disse longe. Eu quero ir longe. Longe, longe. Onde o amor é lei todo mundo é rei." Longe é um lugar - Móveis Coloniais de Acaju (De lá até aqui)


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Epifania da Madrugada

Nunca pensei que de uma brincadeira em sala de aula fosse surgir tamanha revolução pessoal e profissional. Por conta de uma inspiração momentânea, fui levada a experimentar novos caminhos. Alguns já velhos conhecidos, meio esquecidos ou ignorados. É simplesmente incrível (e extremamente necessário) como o pensamento pode mudar ao longo de uma vida. O entendimento das palavras muda, a leitura de signos e ações muda e o expressar muda também. 

Dentre todas as coisas, que em minha mente juvenil, pensei ser e alcançar, nenhuma delas é concretamente o que eu vivencio. E isso não faz menor ou melhor o momento que vivo. Talvez me faça pensar e ter mais calma com os julgamentos... vício humano que tenho lutado para me ver livre. Quando penso quanta coisa deixei de experimentar , ou tardei a me permitir, por um julgamento precitado e completamente equivocado, penso em quantas portas permaneceram fechadas ante as minhas escolhas. 

Entendo (aceito) que todas as coisas que acontecem na vida tem realmente que acontecer. Entender que tudo tem um porquê, claramente não é baixar a cabeça ou ir diretamente para o porquê por trás do acontecimento. Há aí muita batalha e bateção de cabeça para buscar a verdadeira compreensão das coisas, do meu "eu" e dos caminhos que tenho que ou pretendo seguir. 
Dias como os que tenho vivido me fazem ver, com uma clareza assustadora, que vivi para chegar até aqui. Exatamente onde estou, com as pessoas que me cercam, no trabalho que trabalho, nas relações que travo. Não, nem de longe este é o melhor momento da minha vida, tampouco é o pior. Mas finalmente é o momento que vejo com clareza a relação de causa e efeito, de escolhas e renuncias. Pode ser coisa de momento. Pode ser que a clareza permaneça. 
Ser dona do próprio destino nada mais é que fazer escolhas. Há sempre dois caminhos (muuuitos mais até, mas no mínimo dois) e a luta é fazer com que as minhas escolhas abram os melhores caminhos para mim. Luto para ter menos pedregulhos no meio do caminho. Também não os quero liso a ponto de eu esquecer que a vida é caminhada árdua e que a cada batalha existe uma recompensa. Mas não precisa ser guerra. 
A vida não precisa ser uma guerra entre querer e poder. Um guerra de egos. É mais simples, mais calmaria que tempestade. 
Precisamos agir mais conscientes dos nossos atos. Parar com a velha história de ser levado a tal coisa, a tal lugar e partir das escolhas próprias. Sim, tudo acontece porque tem que acontecer, mas existe o livre arbítrio. Uma coisa acontece desencadeada por outra ação ou escolha. Se eu estou com fome não posso esperar que um prato de comida venha até mim. Se eu não levantar para fazer a comida, permanecerei com fome. 
O pensamento tem que servir não só pra devaneios (embora seja aí, talvez, que resida o "eu" verdadeiro), mas para conscientização da ação. De que me adianta pensar depois de agir? É preferível nem pensar então.  
Há que se aproximar ato e pensamento. Ideologias e movimentos. Uma aproximação do mundo das idéias com o mundo dos sentidos! 

Revolucionemo-nos tanto quanto aquilo que pretendemos mudar. Sem revolução interna, não há mudança externa. 

"Se falta enxofre à nossa vida, ou seja, se lhe falta uma magia constante, é porque nos apraz contemplar nossos atos e nos perder em considerações sobre as formas sonhada de nossos atos, em vez de sermos impulsionados por eles." - Antonin Artaud 

Essa "culpa" é tua!

Eu não sou responsável por como outra pessoa se sente. Eu. Não. Sou. Responsável.  Esse é um programa de pensamento bem difícil de ...