sábado, 1 de outubro de 2016

Sobre autoestima e essas coisas


"Ah porque agora eu sou foda. Cresci, virei mulher (Dá-lhe Sandy nas ideias) e sou mais eu. Sou linda, gostosa, inteligente, dona de mim mesma e ninguém vai dizer o que eu posso ou não posso fazer. (entrou Valesca das ideias) "

Até que... 

Alguém me olha diferente. 
Alguém fala que eu to feia/gorda/estranha. 
Alguém critica algo que eu falei com mais ferocidade. 
Alguém diz q o carinha q vc tá afim tá apaixonadinho por outra e vc nunca vai ter chances. 
Alguém diz que dormir com um cara logo na primeira vez que vcs se veem não legal. 

Então eu me olho no espelho e já não tô mais tão segura assim. Já não sou tão foda assim. Não me lembro mais de ser linda, e começo a pensar da onde foi que eu tirei que eu era gostosa mesmo. Penso que nunca fui inteligente, e revejo tudo que falei nos últimos dias já julgando que tudo foi uma grande mediocridade. E que eu sou só uma menina e na real, todo mundo me diz o que fazer o tempo todo.

Sabe esses alguéns? Sou eu. Todos eles sou eu. Eu pra mim, eu comigo.

Mas que autoestima essa tão fraca que num piscar de olhos tudo é questionável?

A autoestima começa de dentro pra fora e de fora para dentro.
Quando reparei que a minha era tão frágil assim, parei de ser cruel com as pessoas a minha volta. Cruel sem querer, sabe? Como fui comigo todas as vezes.
Parei de falar para minhas amigas que elas não devem fazer isso ou aquilo. Que a roupa tal não é maneira. Quem sou eu pra dizer ou isso ou aquilo? Que rainha sou eu, que nem a mim mesmo sei reinar?

E foi assim que meu reinado sobre mim começou a germinar.

Quando eu entendi que fomos criadas para destroçarmos umas as outras, foi que eu parei de me despedaçar e repartir as que estavam a minha volta. Tudo então começou a brotar e a vida a renascer.

Nessa tal de sororidade, sou apenas um brotinho. Não quero ser flor, pra ser apenas um instante, mas sim árvore. Enraizada de mim mesma, trazendo frutos e alimentando os que estão a minha volta.

Que todas viremos árvores e não apenas flores.

Essa "culpa" é tua!

Eu não sou responsável por como outra pessoa se sente. Eu. Não. Sou. Responsável.  Esse é um programa de pensamento bem difícil de ...