segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Sobre escolhas e a dificuldade dos outros.



É sempre complicado fazer escolhas e lidar com as consequências … Mas tem sido bem mais complicado lidar com a reação das pessoas sobre as coisas. Sério. E tenso.

Mas são apenas para as escolhas saudáveis. Sério. E tenso.

Todas as vezes que eu decido fazer algo saudável da minha vida, vem um mooonte de gente fazer perguntas biiizarras e falar coisas mais estranhas ainda.

Por exemplo, todas as vezes que eu decido para de beber álcool por um tempo, SEMPRE tem aquele “amigo” que chega já zoando... pedindo a cerveja mais gelada do bar. Dizendo: “poxa, mas só hoje... vai é um dia especial...” ...Sempre é um dia especial, sempre é só hoje. Sempre é todo dia. E sempre tem um fdp.
E se eu tivesse um problema de alcoolismo e precisasse parar? Já parou pra pensar? Não, né?

Outro exemplo lindo foi o momento que decidi parar de comer carne vermelha. Todas as vezes que vou a algum lugar q peço a comida sem carne vermelha, ou digo que estou há X meses sem comer carne vermelha vem a seguinte frase: “nooossa... mas você não sente falta daquela picanha?!”... ou então a clássica: “Ah não vai me dizer que virou veggie-alternativa-militante?” ...”nós fomos feitos para comer carne!”...
Gente, na moral, na moralzinho... Cala a boca... de levin...

Você pode começar refletindo que essa não é a sua escolha, e sim a minha. Se te interessar, você pode perguntar, gentilmente, qual foi a razão da minha decisão ao invés de supor que o que é bom para você tem que ser obrigatoriamente bom pra mim.

O que me fascina é que todas as vezes que eu decidi fazer algo ruim comigo e com meu corpo fui amplamente incentivada. Todas as vezes que resolvi fazer uma “Baratona” e encher a cara, tinha pelo menos 5 amigos pra ir comigo... Quando falava em dia do lixo, de comer só merda, sanduíche de pizza, com hamburguer, tomando milkshake, limpando a boca com bacon... NINGUÉM me questionava e ainda surgiam milhões de sugestões paran “agregar valor” ao lixo.

Mas aí de quem resolve cuidar da própria saúde, de fazer escolhas mais pensadas sobre si e de ir contra a maré de entorpecentes. Sim, porque encher a cara de álcool e comida-lixo é nada mais que entorpecer o corpo para não sentir o que quer que seja.
Tá difícil lidar com um problema? Opa, bora tomar uma cerveja! Tá complicado chegar em casa depois de sair daquele trabalho que você não aguenta mais? Vem cá e morde essa pizzazinha aqui, q eu já tô trazendo o brownie com sorvete pra depois.

Os excessos me incomodam. Todos eles. Mas especialmente os de julgamento.

Cada um faz o que quiser... na verdade... você pode comer fitness, saudável, junkfood, até parede se quiser... mas não julga os outros a partir das suas escolhas não. E não tenta aplicar a sua lógica na vida de quem segue bem a sua própria.


É simples: Não seja aquele ser humano que zoa as escolhas dos outros seres humanos. Simples e não mata. :D

sábado, 1 de outubro de 2016

Sobre autoestima e essas coisas


"Ah porque agora eu sou foda. Cresci, virei mulher (Dá-lhe Sandy nas ideias) e sou mais eu. Sou linda, gostosa, inteligente, dona de mim mesma e ninguém vai dizer o que eu posso ou não posso fazer. (entrou Valesca das ideias) "

Até que... 

Alguém me olha diferente. 
Alguém fala que eu to feia/gorda/estranha. 
Alguém critica algo que eu falei com mais ferocidade. 
Alguém diz q o carinha q vc tá afim tá apaixonadinho por outra e vc nunca vai ter chances. 
Alguém diz que dormir com um cara logo na primeira vez que vcs se veem não legal. 

Então eu me olho no espelho e já não tô mais tão segura assim. Já não sou tão foda assim. Não me lembro mais de ser linda, e começo a pensar da onde foi que eu tirei que eu era gostosa mesmo. Penso que nunca fui inteligente, e revejo tudo que falei nos últimos dias já julgando que tudo foi uma grande mediocridade. E que eu sou só uma menina e na real, todo mundo me diz o que fazer o tempo todo.

Sabe esses alguéns? Sou eu. Todos eles sou eu. Eu pra mim, eu comigo.

Mas que autoestima essa tão fraca que num piscar de olhos tudo é questionável?

A autoestima começa de dentro pra fora e de fora para dentro.
Quando reparei que a minha era tão frágil assim, parei de ser cruel com as pessoas a minha volta. Cruel sem querer, sabe? Como fui comigo todas as vezes.
Parei de falar para minhas amigas que elas não devem fazer isso ou aquilo. Que a roupa tal não é maneira. Quem sou eu pra dizer ou isso ou aquilo? Que rainha sou eu, que nem a mim mesmo sei reinar?

E foi assim que meu reinado sobre mim começou a germinar.

Quando eu entendi que fomos criadas para destroçarmos umas as outras, foi que eu parei de me despedaçar e repartir as que estavam a minha volta. Tudo então começou a brotar e a vida a renascer.

Nessa tal de sororidade, sou apenas um brotinho. Não quero ser flor, pra ser apenas um instante, mas sim árvore. Enraizada de mim mesma, trazendo frutos e alimentando os que estão a minha volta.

Que todas viremos árvores e não apenas flores.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Sobre ser gorda.

 
Ano passado eu tava me sentindo muito mal comigo mesma, com minha aparência principalmente. O problema era geral, mas vamos focar aqui em uma coisa. Eu não tinha o menor tesão em mim e consequentemente ninguém mais tinha.

A verdade é que sempre fui acima do peso. Gorda, gordinha, gorducha, gordelícia. Escolha o nome, eu já fui chamada de todos esses. Isso não muda o desconforto e talvez até eleve. Se tem uma coisa que eu detesto é um “falso elogio” ou uma tentativa de amenizar o que você acha ruim em si.

Tava aqui pensando que sempre vivi nessa luta contra o peso. E isso é o peso em si. Estar constantemente infeliz de ver seu corpo. De não ser magra. De não ser magra de dentro pra fora, porque veja bem, eu já fui magra. Tem fotos q eu olho hoje em dia e digo: “Nossa! Que magrinha essa Mariana!”, mas eu me lembro que na época eu continuava me olhando no espelho e chorando sobre o que via. Então não basta ser magra, meus olhos tem que me ver assim.

Esse ano, segundo a balança, continuo a mesma do ano passado (ou seja, gorda), mas minha cabeça mudou tanto, tanto, mas taaanto, q me acho linda e gostosa e por consequência os q estão a minha volta tb tem me achado assim.

Não que eu precise ouvir isso de outros.

Na verdade eu precisava mesmo era ouvir isso de mim mesma.
Olhar no espelho e celebrar a minha beleza e unicidade através dos meus próprios olhos e não frutos de elogios de terceiros. A nossa imagem é um reflexo da nossa mente, pelo menos é o q ando refletindo...                         

Não que eu chutei o balde e nunca mais tente emagrecer. Mas eu definitivamente parei de ser grosseira e má comigo mesma.                   
Parei de me colocar metas impossíveis e falhar em todas elas para me sentir miserável no fim.     
Parei de buscar minhas imperfeições e passei a celebrar tudo que é lindo em mim.      
Parei de "comprar roupa nova só quando emagrecer" e presentear o meu corpo de agora com roupas que lhe vistam bem. Esse aliás é um dos piores conceitos e que aprisiona e gera um ciclo de infelicidade muito difícil de quebrar. Já estou desconfortável com meu corpo e ai eu não me permito comprar nada que me faça sentir melhor com ele, só pq tenho que emagrecer primeiro, percebe a infelicidade alimentando a infelicidade?

Acho que emagreci a minha mente de toda essa pressão. Reduzi as medidas de falta de amor com meu corpo. Tirei todo peso de julgamento do meu olhar sobre mim mesma. E por fim compreendi que a única forma de evoluir é me amar profundamente e isso inclui cada gordurinha extra, cada dobra deste imenso (figurativa e literalmente falando rs). É buscar saúde física e principalmente mental.

Tem muito caminho pela frente, mas eu não tô sozinha. Tô comigo mesma.

Bela companhia. ;)



Essa "culpa" é tua!

Eu não sou responsável por como outra pessoa se sente. Eu. Não. Sou. Responsável.  Esse é um programa de pensamento bem difícil de ...