segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Sobre ser gorda.

 
Ano passado eu tava me sentindo muito mal comigo mesma, com minha aparência principalmente. O problema era geral, mas vamos focar aqui em uma coisa. Eu não tinha o menor tesão em mim e consequentemente ninguém mais tinha.

A verdade é que sempre fui acima do peso. Gorda, gordinha, gorducha, gordelícia. Escolha o nome, eu já fui chamada de todos esses. Isso não muda o desconforto e talvez até eleve. Se tem uma coisa que eu detesto é um “falso elogio” ou uma tentativa de amenizar o que você acha ruim em si.

Tava aqui pensando que sempre vivi nessa luta contra o peso. E isso é o peso em si. Estar constantemente infeliz de ver seu corpo. De não ser magra. De não ser magra de dentro pra fora, porque veja bem, eu já fui magra. Tem fotos q eu olho hoje em dia e digo: “Nossa! Que magrinha essa Mariana!”, mas eu me lembro que na época eu continuava me olhando no espelho e chorando sobre o que via. Então não basta ser magra, meus olhos tem que me ver assim.

Esse ano, segundo a balança, continuo a mesma do ano passado (ou seja, gorda), mas minha cabeça mudou tanto, tanto, mas taaanto, q me acho linda e gostosa e por consequência os q estão a minha volta tb tem me achado assim.

Não que eu precise ouvir isso de outros.

Na verdade eu precisava mesmo era ouvir isso de mim mesma.
Olhar no espelho e celebrar a minha beleza e unicidade através dos meus próprios olhos e não frutos de elogios de terceiros. A nossa imagem é um reflexo da nossa mente, pelo menos é o q ando refletindo...                         

Não que eu chutei o balde e nunca mais tente emagrecer. Mas eu definitivamente parei de ser grosseira e má comigo mesma.                   
Parei de me colocar metas impossíveis e falhar em todas elas para me sentir miserável no fim.     
Parei de buscar minhas imperfeições e passei a celebrar tudo que é lindo em mim.      
Parei de "comprar roupa nova só quando emagrecer" e presentear o meu corpo de agora com roupas que lhe vistam bem. Esse aliás é um dos piores conceitos e que aprisiona e gera um ciclo de infelicidade muito difícil de quebrar. Já estou desconfortável com meu corpo e ai eu não me permito comprar nada que me faça sentir melhor com ele, só pq tenho que emagrecer primeiro, percebe a infelicidade alimentando a infelicidade?

Acho que emagreci a minha mente de toda essa pressão. Reduzi as medidas de falta de amor com meu corpo. Tirei todo peso de julgamento do meu olhar sobre mim mesma. E por fim compreendi que a única forma de evoluir é me amar profundamente e isso inclui cada gordurinha extra, cada dobra deste imenso (figurativa e literalmente falando rs). É buscar saúde física e principalmente mental.

Tem muito caminho pela frente, mas eu não tô sozinha. Tô comigo mesma.

Bela companhia. ;)



Essa "culpa" é tua!

Eu não sou responsável por como outra pessoa se sente. Eu. Não. Sou. Responsável.  Esse é um programa de pensamento bem difícil de ...